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Apendicite e câncer, existe relação?

Não há comprovação cientifica que relacione a apendicite ao câncer de apêndice. A similaridade está nos sintomas. Por isso, em casos raros, durante o procedimento cirúrgico, pode-se identificar o câncer de apêndice.



A apendicite é uma inflamação do apêndice que quando ocorre requer um atendimento de urgência em razão de indicação cirúrgica imediata para o tratamento. Entre os principais sintomas estão dores muito intensas na região, perto do estômago e em volta do umbigo.


Não há comprovação cientifica que relacione a apendicite ao câncer de apêndice. A similaridade está nos sintomas. Por isso, em casos raros, durante o procedimento cirúrgico, pode-se identificar o câncer de apêndice.

 

Características da apendicite


É uma inflamação que atinge o apêndice, uma pequena bolsa localizada na região onde começa o intestino grosso. Não se trata de um órgão essencial, mas ele serve como um depósito para bactérias, cuja função é auxiliar na digestão dos alimentos e que fazem o percurso do sistema digestivo, da boca até o ânus.


As dores severas na região do umbigo são os sintomas mais comuns em estágios mais avançados da apendicite. No início, os sinais são mais inespecíficos, como mal-estar, falta de apetite e dores abdominais mais vagas. Com a intensificação da inflamação, pode ocorrer febre e aumento da frequência cardíaca.


Se a apendicite evoluir para um estágio grave, pode ocorrer a obstrução completa do apêndice e a sua perfuração, atingindo o peritônio com material fecal. Esse estágio, chamado de peritonite, causa muita dor e o tratamento emergencial é fundamental, pois o quadro pode se agravar rapidamente, a ponto de evoluir para uma infecção generalizada, chamada sepse, e óbito.


Câncer de apêndice


É uma condição rara que pode atingir o órgão. A maioria dos casos de câncer de apêndice são tumores epiteliais (adenomas e adenocarcinomas) e neuroendócrinos. Geralmente, o câncer de apêndice surge em pessoas com mais de 50 anos e do sexo feminino.


A doença, na maioria dos casos, não manifesta sintomas nos estágios iniciais. Quando ocorre algum sintoma, são dores abdominais ou pélvicas; acúmulo de líquido no abdômen; alterações na função intestinal; náuseas e vômitos; problemas de fertilidade; e a própria inflamação ou infecção do apêndice.


Uma das causas para o desenvolvimento do câncer de apêndice é o tabagismo - que também eleva as chances de vários outros tipos de câncer.

Outros fatores de risco estão relacionados a anemia perniciosa (causada por deficiência de vitamina B12 no organismo) e gastrite atrófica (inflamação da mucosa gástrica, causada por infecções bacterianas como a H. pylori).


O diagnóstico do câncer de apêndice pode ser feito com exames de imagem e confirmado por biópsia, mas em alguns casos, ocorre durante uma apendicectomia, que é a remoção do órgão, geralmente realizado por causa de uma apendicite.


Se houver a confirmação de um câncer de apêndice, a cirurgia é o tratamento mais indicado. Medicamentos quimioterápicos também podem ser utilizados para combater as células tumorais na região.


Em resumo, a apendicite é muito comum e não causa câncer do apêndice. Tumores do apêndice são raros, mas têm tratamentos muito eficazes. E um ponto que é muito importante: todo apêndice retirado por apendicite aguda deve ser enviado para biópsia (exame anatomopatológico, pois tumores de apêndice podem ser identificados dessa forma.

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