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Nova técnica na cirurgia do câncer de reto pode reduzir risco de complicações

Uma necessidade urgente na cirurgia do câncer de reto é evitar o grampeamento duplo de anastomoses (conexão entre duas partes do corpo humano) colorretais baixas. Essa técnica convencional de duplo grampeamento tem sido bastante criticada pela comunidade científica pelo maior risco de complicações.



Diante desse desafio, um grupo de cirurgiões do Centro de Referência em Câncer Colorretal do A.C.Camargo Cancer Center, liderado pelo Dr. Samuel Aguiar, desenvolveram uma variação técnica que evita o uso de um dos grampeadores e torna a emenda intestinal (anastomose) mais segura.

 

“Essa técnica, em si, já havia sido descrita por um cirurgião italiano. Nós adaptamos ao uso do robô, o que a tornou mais fácil de ser executada”, explica Dr. Samuel. Essa técnica é utilizada apenas para as cirurgias de câncer de reto com o objetivo de preservação do ânus.


O estudo “A precise approach to robotic intracorporeal rectal transection and hand-sewn purse-string anastomosis for low anterior resection (tem português: “Uma abordagem precisa da transecção robótica intracorpórea do reto e da anastomose em bolsa costurada à mão para ressecção anterior baixa) foi publicado na Journal of Surgical Oncology e também tem como autores os Drs. Ademar Lopes, Paulo Stevanato, Rebeca Nahime, Renata Takahashi, Tiago Santoro, Tomás Mansur e Wilson Nakagawa.


A cirurgia desse tipo de tumor já costuma ser dificultada para as dissecções cirúrgicas (ato de separar um tumor para removê-lo). “Um dos principais desafios é a anatomia do reto, situado na profundidade da pelve, com um espaço muito limitado, além da relação de continuidade com o canal anal”, comenta Dr. Samuel. “Costuma ser muito difícil posicionar os dispositivos de grampeamento durante o procedimento cirúrgico, mesmo os mais avançados, nesse limitado espaço pélvico, na parte mais terminal do reto”.


Ao integrar as vantagens da plataforma robótica, garantir uma exposição padronizada durante a transecção retal e enfatizar a importância de evitar complicações associadas aos cruzamentos de grampos, essa inovação tem o potencial de melhorar significativamente os resultados e reduzir os custos para pacientes com tumores retais mais baixos.

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