Estados e cidades Brasil afora decretaram estado de emergência em relação à dengue no início de 2024. Combater a doença deve ser uma tarefa de toda a população, com um cuidado ainda mais enfático no caso dos pacientes oncológicos, principalmente com leucemia, linfoma ou mieloma múltiplo.
Não existe relação entre contrair dengue e aumentar o risco de desenvolver algum tipo de câncer, mas o paciente oncológico, principalmente os que passam por sessões de quimioterapia ou radioterapia, estão em uma fase sensível de saúde, por isso, são classificados como pessoas imunocomprometidas, cujo sistema imunológico não funciona da forma como deveria.
Assim, o paciente oncológico deve ter atenção redobrada e se cuidar ao máximo para não correr o risco de contrair dengue.
A dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, que se prolifera especialmente em locais com água parada, principalmente em vasos de planta, pneus, calhas e caixas d'água. É preciso remover qualquer recipiente ou poço de água parada para evitar focos do mosquito e desobstruir calhas, lajes e ralos, assim como vedar reservatórios e caixas d'água.
Outra forma importante para se defender do mosquito da dengue é a utilização de repelentes, principalmente os produtos compostos por ao menos 20% de Icaridina, mais eficazes contra essa espécie. Como a pele do paciente oncológico é mais sensível, utilize hidratantes diariamente para evitar irritações na pele. Mesmo nas partes cobertas por roupas, aplique um repelente em formato de spray. Esses produtos geralmente não causam alergia, mas caso a pele fique com muita coceira ou irritações, procure uma avaliação médica.
O Ministério da Saúde disponibilizou no Brasil uma vacina contra a dengue, porém, esse imunizante é, geralmente, contraindicado para pacientes oncológicos que estão em tratamento de quimioterapia ou radioterapia. É fundamental conversar com seu médico para saber qual o momento para tomar essa vacina.
Quais os sintomas da dengue?
A doença é caracterizada por febre de início repentino (39 ºC a 40 ºC) e por trazer sintomas como dores de cabeça, musculares, articulares ou atrás dos olhos. A maioria das pessoas infectadas se recuperam, no entanto, há o risco de a dengue evoluir para formas graves após o período febril, e por isso, nesse momento, é preciso prestar
atenção a sinais como:
Dores abdominais (na barriga) ou vômitos persistentes;
Acúmulo de líquidos em cavidades corporais, como no abdômen, nos braços e nas pernas;
Queda abrupta da pressão arterial quando se levanta ou pratica atividades físicas leves (como um alongamento);
Lipotimia - sensação de que vai desmaiar, mas sem perder a consciência;
Sangramento de mucosa;
Irritabilidade ou letargia (perda temporária da sensibilidade e do movimento).
Se notar a presença desses sintomas após o período febril, busque imediatamente a avaliação médica.