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Quais os tipos de câncer que se desenvolvem na região abdominal e gastrointestinal?

O câncer é um conjunto de doenças que pode se desenvolver em diversas regiões do corpo humano, dentre elas a região abdominal, incluindo regiões viscerais e gastrointestinais. Mas por que o câncer se desenvolve?


O corpo humano é formado células e elas se multiplicam em um processo chamado divisão celular. Normalmente, esse processo é ordenado e controlado e é responsável pela formação, crescimento e regeneração dos tecidos saudáveis do corpo. Já, quando células de algum órgão ou tecido começam a se multiplicar desordenadamente e sem controle, ocorre o desenvolvimento do câncer. Isso pode se dar em razão de fatores genéticos ou ambientais (alimentação, tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, alguns vírus, obesidade, sol, entre outros). Menos de 10% dos casos têm relação com fatores genéticos.



O câncer da região abdominal e gastrointestinal


O câncer também pode se desenvolver nos órgãos da região abdominal e do sistema digestivo (gastrointestinal). Essa região compreende o esôfago, estômago, vesícula biliar, apêndice, peritônio, pâncreas, fígado, intestino, cólon, reto e ânus.

O INCA – Instituto do Câncer de São Paulo, divulga periodicamente estimativas de novos casos de câncer para o Brasil e o último estudo trouxe as estimativas para o biênio 2023-2025 dos seguintes tipos de câncer dessa região:



câncer colorretal

O câncer de cólon e reto abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamada cólon, no reto, que corresponde ao final do intestino imediatamente antes do ânus.


O número estimado de casos novos deste tipo de câncer para cada ano do triênio de 2023 a 2025, é de 45.630 casos. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de cólon e reto ocupam a terceira posição entre os tipos de câncer mais frequentes no Brasil.


Os principais fatores de risco são: sedentarismo, obesidade, alto consumo de carnes processadas, consumo regular de álcool e tabaco e baixo consumo de fibras, frutas, vegetais e carnes magras.


Cerca de 10% dos casos estão associados a fatores genéticos, chamando atenção para o histórico pessoal ou familiar de câncer colorretal, ou a doenças inflamatórias intestinais.

Cerca de 30% dos casos de câncer colorretal podem ser evitados com ações de prevenção como a adoção de hábitos de vida e de alimentação saudáveis. Além disso, o diagnóstico precoce por meio de exames de rastreamento como a colonoscopia é fundamental para aumentar as chances de sucesso no tratamento.



câncer de estômago

O número estimado de casos novos de câncer de estômago para o Brasil, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, é de 21.480 casos. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de estômago ocupa a quinta posição entre os tipos de câncer mais frequentes.


Uma das principais causa de câncer de estômago é a infecção pela bactéria Helicobacter pylori. Outros fatores estão associados a características genéticas e hereditárias, como anemia perniciosa e lesões pré-cancerosas, características das cepas de Helicobacter pylori, a fatores comportamentais como a obesidade, o consumo de alimentos preservados no sal, a alimentação com baixa ingestão de frutas, vegetais e fibras, o consumo de álcool e tabagismo.



câncer de esôfago

O número estimado de casos novos de câncer de esôfago para o Brasil, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, é de 10.990 casos. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de esôfago ocupa a 13ª posição entre os tipos de câncer mais frequentes.


Os principais fatores de risco são o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e o tabagismo. Além disso, o consumo frequente de bebidas muito quentes também contribui para o aumento do risco.


Outros fatores estão associados a obesidade, baixo consumo de fibras, frutas, vegetais e carnes magras; a condições genéticas ou hereditárias, como doença do refluxo gastroesofágico e esôfago de Barrett; e a exposições ocupacionais, como às radiações X e gama.



câncer de pâncreas

O número estimado de casos novos de câncer de pâncreas no Brasil, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, é de 10.980 casos. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de pâncreas ocupa a 14ª posição entre os tipos de câncer mais frequentes.


O câncer de pâncreas geralmente não apresenta sinais e sintomas nos estágios iniciais e por isso, as taxas de mortalidade acabam sendo mais elevadas.


Dentre os principais fatores de risco estão a idade, obesidade, diabetes tipo 2, tabagismo, consumo excessivo de álcool, baixo consumo de fibras, frutas, vegetais e carnes magras; e condições genéticas ou hereditárias, como síndrome de Lynch, câncer pancreático familial e pancreatite hereditária.



câncer de fígado

O número estimado de casos novos de câncer de fígado para o Brasil, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, é de 10.700 casos. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer primário do fígado ocupa a 15ª posição entre os tipos de câncer mais frequentes.


A maioria dos casos de câncer de fígado ocorre em razão das infecções pelos vírus das hepatites B e C e por doenças metabólicas que levem à cirrose, como acúmulo de gordura no fígado (esteatose) e diabetes tipo 2. Outros fatores de risco incluem consumo excessivo de bebida alcoólica, tabagismo, obesidade e consumo de alimentos que contenham aflatoxina, um tipo de fungo que pode estar presente na mandioca, no milho e amendoim, se forem armazenados de forma inadequada.



sarcomas do retroperitônio.

São tumores muito raros, que nem aparecem nas estatísticas do Ministério da Saúde. Alguns casos podem estar relacionados à síndrome hereditária de Li-Fraumeni, mas a maioria não tem causa conhecida.

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